09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11




descargar 0.55 Mb.
título09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11
página8/15
fecha de publicación27.11.2015
tamaño0.55 Mb.
tipoDocumentos
med.se-todo.com > Documentos > Documentos
1   ...   4   5   6   7   8   9   10   11   ...   15

Sacrifícios de animais como cobaias, numa perspectiva espírita
Desde a antiguidade, pesquisadores valem-se de animais (cobaias) para obter testes científicos e ensaio das mais diversas espécies. O coelho foi uma das primeiras espécies utilizadas em pesquisas e presentemente camundongos e rãs são espécies de eleição para experiências nos laboratórios. Os bichos têm servido de cobaias para a prova de vacinas, medicamentos, produtos e substâncias, antes de sua liberação para o consumo humano, e também alguns procedimentos cirúrgicos, antes de serem aplicados entre os homens.

Andréa Vesalius, fundador da anatomia moderna, usava cães e porcos em demonstrações públicas de anatomia. Hoje em dia, ainda os cães têm sido cobaias para estudos dos sistemas cardiovascular, respiratório, gastrintestinal, endócrino e das técnicas de transplante. Contudo, havemos de convir que as pesquisas só publicam descobertas, porém não revelam fracassos. O organismo de um animal não é o mesmo que o nosso. O maior fracasso do século XX foi a Talidomida, que foi testada amplamente em animais e depois colocada no mercado.

O experimento em animais “não representa apenas um método cruel, e por isso mesmo antiético, mas é também destituído de validade científica. No interesse do homem e do animal, precisa ser abolida o mais rápido possível e substituída por métodos racionais.”(1) Aproximadamente um terço dos doentes com problemas renais crônicos destruíram sua função renal tomando analgésicos considerados seguros após aplicados em animais. Todos os medicamentos tóxicos retirados do mercado por exigência dos órgãos de saúde foram testados antes em experiências com animais.

Nos últimos anos, as muralhas do silêncio vêm sendo progressivamente demolidas pela imprensa, pelo rádio e pela televisão. Existem importantes movimentos de proteção animal que resistem para findar com a vivissecção.(2) Graças a Deus! Na atualidade, tem sido atenuado o uso de animais em ensaios científicos, pois foram desvendadas outras possibilidades eficientes. A exemplo de substâncias eficazes à base vegetal, que foram descobertas sem experiências com animais. Ressalte-se que a maioria das técnicas cirúrgicas frequentes não foram desenvolvidas em cobaias animais.

Os avanços em biotecnologia já permitiram substituir os bichos por computadores ou tubos de ensaios. Em diversos campos estão sendo utilizados processos alternativos, como in-vitro, com culturas celulares. As células estaminais já são uma alternativa e vão ser decisivas na substituição das cobaias. Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveram um programa de computador que pode substituir o sacrifício de animais durante as aulas de fisiologia. O programa pode substituir o uso de animais nas aulas práticas de Fisiologia e Biofísica, ministradas nos cursos de Medicina, Ciências Biológicas, Enfermagem e Educação Física.

Apesar de milhões de animais torturados e mortos, a dissecação anatômica não conseguiu obter um resultado frente às epidemias do nosso tempo. Os progressos na pesquisa da AIDS não se fundamentam em experiências com animais, porém na epidemiologia, na observação clínica dos doentes e nos estudos in-vitro com culturas celulares.

Ante a falácia de que os animais são utilizados em benefício da saúde pública, devemos nos lembrar que eles são seres vivos que sentem dor e que sofrem, por isso somos responsáveis por eles. Como é que experiências toxicológicas – durante as quais os animais são envenenados de forma mais ou menos rápida – podem ocorrer sem tortura e dor, sem sofrimento terrível para o animal atingido? São muitas experiências que representam para o animal um sofrimento atroz, que normalmente só termina com a morte.

O cientista austríaco Friederike Range, da Universidade de Viena, liderou um estudo sobre emoções caninas e atesta que certos animais possuem um sentimento ou emoção mais complexa do que normalmente atribuiríamos a eles. Para além das considerações filosóficas, evidências práticas e científicas sugerem que todos os mamíferos possam sentir algo semelhante à dor e ao prazer humano, embora que qualitativa e quantitativamente diferente. A ética na experimentação com animais é uma preocupação muito antiga, fundamentando-se na necessidade de se ter consciência de que o animal é um ser vivo, que possui hábitos próprios de sua espécie, inclusive o natural instinto de sobrevivência, sendo sensível a dor e a angústia.

O que o Espiritismo explica sobre os animais? Eles têm alma? Progridem? Ou serão sempre animais? Eles sofrem? Os Benfeitores do Além afirmam que os animais não têm alma como nós humanos, mas têm um princípio espiritual que “sobrevive ao corpo físico após a morte"(3), ou seja, a alma dos animais "conserva, após a desencarnação, sua individualidade; porém, não a consciência de si mesma, apenas a vida inteligente permanece em estado latente."(4)

Quando estivermos mais espiritualizados, enxergando nos animais os irmãos inferiores de nossa vida, o sacrifício dos animais em laboratório não terá mais razão de ser. “O homem espiritual do futuro, com a luz do Evangelho na inteligência e no coração, terá modificado o seu ambiente de lutas, auxiliando igualmente os esforços evolutivos de seus companheiros do plano inferior, na vida terrestre.”(5)

É bem verdade que o instinto domina a maioria dos animais; “mas há os que agem por uma vontade determinada, ou seja, percebemos que há uma certa inteligência animal, ainda que limitada."(6) Rememoremos que os bichos “não são simples máquinas, embora sua liberdade de ação seja limitada pelas suas necessidades, e, logicamente, não pode ser comparada ao livre-arbítrio humano. Os animais, sendo inferiores ao homem, não têm os mesmos deveres, mas eles têm liberdade sim, "ainda que restrita aos atos da vida material.”(7)

Os animais pensam, mas não raciocinam; os animais têm memória, e recorrem a ela; aprendem com o acerto e com o erro, e não com o raciocínio. Evidentemente, não conseguem teorizar, abstrair, prever eventos, solucionar problemas, mas são, de fato, mais inteligentes do que imaginamos. Estão em processo de evolução e, nesse sentido, devemos considerar que possuem, diante do tempo, um porvir de fecundas realizações, e através de numerosas experiências chegarão um dia ao chamado reino hominal, como, por nossa vez, alcançaremos, no escoar dos milênios, a situação de angelitude.

A escala do progresso é sublime e infinita. Considerando que os animais estão em processo de crescimento espiritual, “busquemos reconhecer a infinidade de laços que nos unem nos valores gradativos da evolução e ergamos, em nosso íntimo, o santuário eterno da fraternidade universal."(8)
Referências bibliográficas:

(1) Tese apresentada em Simpósio realizado em Genebra pela Liga Internacional de Médicos pela Abolição das Experiências em Animais, por Bernhard Rambeck, diretor do Departamento Bioquímico da Sociedade de pesquisa em Epilepsia, Bielefeld, Alemanha.

(2) É o ato de dissecar um animal vivo com o propósito de realizar estudos de natureza anatomo-fisiológica. No seu sentido mais genérico, define-se como uma intervenção invasiva num organismo vivo, com motivações científico-pedagógicas. Na terminologia dos defensores de animais, é generalizada como uso de animais vivos em testes laboratoriais.

(3) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, perg 597-a

(4) Idem perg. 598

(5) Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, Ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001 perg. 62

(6) _______, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, perg. 592

(7) Idem perg. 595.

(8) _______, Francisco Cândido. O Consolador, Rio de Janeiro: Ed Feb, 1995, perg.79



Tragédia coletiva no Rio de Janeiro ante a lei de causa e efeito
Com o desequilíbrio ambiental (aquecimento global) em pleno verão, chuvas violentas são consequentes, e a tragédia das enchentes, dos desabamentos, dos desabrigados, se repetem, variando apenas o número de mortos e desaparecidos em decorrência desse fenômeno. Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, têm ocupado vasto espaço no noticiário, comovendo-nos mediante tantas vidas destruídas. Nesses episódios, as imagens midiáticas, virtuais ou impressas, mostram-nos, com colorido forte, as tintas do drama de inúmeros estragos, enquanto a população recolhe o que sobrou e chora seus mortos.

Muitos ficam em estado de extrema revolta contra tudo e todos, mas não nos esqueçamos que nos Estatutos de Deus não há espaço para injustiças, razão pela qual os flagelos destruidores ocorrem com o fim de fazer o homem avançar mais depressa. A destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem, em cada nova existência, um novo grau de aperfeiçoamento. A Lei de causa e efeito ainda é coisa obscura para a humanidade, principalmente para aquelas pessoas que vivenciam a tragédia. Aquele que vê sua família dizimada dificilmente raciocinará; ele simplesmente não compreenderá os motivos para isso, porque não consegue ver que causas poderiam levar a tamanha perda e na forma como ocorre. É um momento de desespero, em que a visão se turva e não se é capaz de pensar em outra coisa que não seja a “injustiça”, embora que no plano espiritual o processo esteja ocorrendo de outra forma, com a harmonia da Lei Maior.

Nesses tristes fatos é comum emergir a indagação clássica: qual a finalidade desses acidentes, que causam a morte conjunta de várias pessoas? Como a Justiça Divina pode ser percebida nessas situações? Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas indefesas? Os Espíritos elucidam a questão afirmando que "as expiações e/ou as grandes provas são quase sempre um indício de um fim de sofrimento e de aperfeiçoamento do homem, desde que sejam aceitas por amor a Deus".(1) Encarando, porém, a vida sem a compreensão das leis da consciência e do processo da reencarnação, não poderemos explicar a Justiça de Deus – principalmente nos casos brutais de mortes coletivas.

Nos casos tão dramáticos ocorridos nas serras “cariocas”, encontraremos uma justificativa plausível para os respectivos acontecimentos, se analisarmos atentamente as explicações que só a Doutrina Espírita nos fornece, para confirmar que, até mesmo nessas tragédias, a Lei de Justiça se faz presente, pois, como nos afirma Allan Kardec, não há efeito sem que haja uma causa que o justifique.

Todos os que pereceram nessas circunstâncias carregavam na alma motivos para se ajustarem com a Lei Divina, a fim de amortizar seus débitos com a indefectível e transcendente Justiça, encontrando aí a oportunidade sublime do resgate libertador. “Salvo exceção, pode-se admitir, como regra geral, que todos aqueles que têm um compromisso em comum, reunidos numa existência, já viveram juntos para trabalharem pelo mesmo resultado, e se acharão reunidos ainda no futuro, até que tenham alcançado o objetivo, quer dizer, expiado o passado, ou cumprido a missão aceita.”.(2)

Naturalmente a Lei é para todos nós. Emmanuel lembra que “quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente. E antes de reencarnarmos, sob o peso de débitos coletivos, somos informados, no além-túmulo, dos riscos a que estamos sujeitos, das formas pelas quais podemos quitar a dívida, porém, o fato, por si só, não é determinístico, até porque dependem de circunstâncias várias em nossas vidas a sua consumação, uma vez que a Lei de causa e efeito admite flexibilidade, quando o amor rege a vida. Conforme ensinou Pedro, “o Amor cobre uma multidão de pecados”(3), portanto, podemos resgatar, através da prática do Bem, o equívoco praticado em outras instâncias.

De fato! Engendramos a culpa e nós mesmos movemos os processos destinados a extinguir-lhe as consequências. E Deus se vale dos nossos esforços e compromissos de resgate e reajuste a fim de direcionar-nos a estudos e progressos invariavelmente mais amplos no que tange à nossa segurança psíquica. É por essa razão que, de todas as tragédias humanas, nos retiramos com mais experiência e mais luz na mente e no coração, para defender-nos e valorizar a vida.

A situação no Rio é comovedora, como sinistro foi o terremoto no Haiti, o tsunami na Ásia. Ainda aqui, Emmanuel esclarece: “lamentemos sem desespero quantos se fizeram vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos. Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.”(4) Inobstante, para o encarnado comum esse argumento emmanuelino não fazer muito sentido.

Diante de tantos e lúcidos esclarecimentos dos Benfeitores, não mais podemos ter quaisquer dúvidas de que a Justiça Divina exerce sua ação, exatamente com todos aqueles que, em algum momento, contrariaram a harmonia da Lei de Amor e Caridade, e por isso mesmo, cedo ou tarde, defrontar-nos-emos inexoravelmente com a Lei de Causa e Efeito, ou, se preferirmos, com a máxima proferida pela sabedoria popular: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”.
Referências Bibliográficas:
(1) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, RJ: Ed. FEB, 1989

(2) Kardec, Allan. Obras Póstumas, RJ: Ed Feb, 1993, Segunda Parte, pág. 215, no Capítulo: Questões e problemas.

(3) I Pedro, 4:8

(4) Xavier, Chico. Mensagem ditada pelo Espírito Emmanuel, reunião pública, na noite de 28 de fevereiro de 1972, em Uberaba, Minas Gerais.


Suicídio
Renascer no paraíso fora da Terra. Com esse ideal em mente os 39 membros da seita Heaven"s Gate (Portão do Paraíso), cometeram o maior suicídio coletivo da história dos Estados. Em 1978, na Guiana o pastor americano Jim Jones induziu membros da sua igreja tomarem juntos o fatídico suco de abacaxi repleto de cianureto e mais de novecentas pessoas desencarnaram tragicamente.

Em março de l996, em Venâncio Aires, cidade gaúcha de 55 mil habitantes, ganhou notoriedade por um número assustador. A cidade foi a recordista mundial de suicídios. Em janeiro, na Estância Cerrito, a 65 km de Itaqui, no Rio Grande do Sul, Manoel Antônio Sarmanho Vargas, o último filho vivo do ex-presidente Getúlio Vargas, também resolveu pôr termo à vida exatamente como fez o pai, desferindo um tiro no próprio peito. No ano de l996, Margaux Hemingway, famosa atriz de Hollywood, neta do escritor americano Ernest Hemingway, suicidou-se em sua mansão nos mesmos moldes que o avô. Pesquisas realizadas em Nova Iorque, por especialistas do jornal Washington Post, revelaram que morrem no mundo 85 milhões de pessoas por ano, isto é: 7 milhões por mês, 240 mil por dia, 10 mil por hora ou, ainda, 165 por minuto e o índice de morte por suicídio e loucura, nesse contexto, era tão assustador e tão elevado quanto o câncer e da arteriosclerose - um verdadeiro flagelo mundial.

E são exatamente nos países ricos, em que a ambição e o materialismo se acentuam, onde sobressaem os preconceitos que o número de óbitos por suicídios é maior. A França enfrentou uma onda assustadora de autocídios em fevereiro p.p. que superou as mortes provocadas por acidentes de trânsito e pela AIDS, por isso, organizaram o chamado Dia Nacional de Prevenção do Suicídio. Nesse país o consumo de hipnóticos e tranquilizantes aumentou em mais de 200 % de uma década para cá. .Atualmente se ingere por ano na pátria de Victor Hugo mais de 75 comprimidos de bezoadiazepina (sonorífero) por pessoa. Sob o ponto de vista médico e considerada a doença do século XX, responsável por muitos suicídios, a depressão tem preocupado os especialistas.

Os psiquiatras estimam que de cada grupo de 100 pessoas 15 tem a probabilidade de desenvolver a depressão. Isso corresponde a aproximadamente 700 milhões de deprimidos na Terra. Patologia essa causada por um distúrbio psicológico com a alteração na produção de substâncias chamadas neurotransmissoras cerebrais como a serotonina, dopamina, noradrenalina etc... Sob a ótica sociológica o escritor francês Albert Camus no seu livro intitulado O Mito de Sísifo defende a tese que só existe um problema filosófico realmente grave: o suicídio - Julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida é responder a questão de filosofia.

Que o confirmem os famigerados escritores Artur Shopenhauer na sua pessimista obra As Dores do Mundo, que induz o leitor incauto ao suicídio, e Friederich Nietzsche que afirma em seu livro Assim Falava Zaratustra que orar é vergonhoso. Emille Durkhein, considerado o Pai da Moderna Sociologia é um dos maiores pesquisadores das teses suicidógenas, afirma que a culpa maior para uma pessoa cometer um ato tão extremo, de vencer ao próprio instinto de conservação é da sociedade que é a grande pressionadora para o homem se matar - é o ser psicológico sendo abatido pelo ser social.

A questão 949 do Livro dos Espíritos esclarece a questão quando afirma ser o suicídio resultado da ociosidade, da falta de fé, e geralmente da saciedade. Quando forem abolidos os preconceitos na sociedade não haverá mais suicídios. A ideia simples que insiste muito à fascinação estonteante, contínua até a subjugação tem levado muito ao suicídio. Emmanuel ensina que o suicídio é como alguém que pula no escuro sobre um precipício de brasas. Após o ato sobrevém ao infeliz a sede, a fome, o frio, o cansaço, a insônia, os irresistíveis desejos carnais, a promiscuidade e as tempestades com constantes inundações de lamas fétidas. E pura cegueira acharmos que a nossa dor seja maior que a do próximo, há pessoas que sofrem situações muito mais cruéis que a nossa. além do que o avanço tecnológico impõe hoje dar-se valor às coisas sem valor, onde o indivíduo cede ao impacto do contágio social.

Adiar dívida significa reencontrá-la mais tarde com juros somados com cobrança sem moratória. Na questão 920 do L dos Espíritos ainda aprendemos que a vida na Terra foi dada como prova e expiação e depende do próprio homem lutar com unhas e dentes para ser feliz o quanto puder amenizando as suas dores com amor.


Sob a devassidão das drogas, é imperioso força de vontade e fé em Deus
Os impulsos irresistíveis, o receio, o contentamento que surgem com cada dia sem ajoelhar-se às drogas, têm inspirado a criação de páginas virtuais pelos “escravos químicos”. Há viciados conectados a redes com dezenas de blogueiros que explanam seus dramas para inúmeras pessoas que sofrem das mesmas agruras. Os históricos gravados nos espaços cibernéticos expõem o progresso de alguns e o desfalecimento de outros. Uma súbita interrupção de comentários na página pelo criador do blog, por exemplo, é explicada como recaída ao vício.

Abonam os especialistas que quando os dependentes químicos compartilham experiências, na web por exemplo, guardam conexão com as mesmas terapias de grupos existentes nos Narcóticos Anônimos (NA) e Alcoólicos Anônimos (AA). (1) Na verdade, há viciados portadores da ansiedade social, fobia social ou sociofobia (aversão social), razão pela qual não conseguem se expressar em grupo de autoajuda. Por isso os blogs podem amparar dependentes químicos que não conseguem dividir experiências em público. Nesses ciberespaços são comentadas as experiências e as angústias de uns e o triunfo de outros (ex-dependentes).

Muitos blogs igualmente são construídos pelos “codependentes” (expressão empregada para mencionar parentes e familiares que passam a (con)viver em função dos viciados). Os parentes dos adictos, habitualmente adoecem. Há uma pressão psicológica muito intensa sobre a família, que sobrevive sob constrangimento. Nesse caso, expressar relatos nos blogs pode ajudá-los a desvendar que não são os únicos a passar por esse tipo de situação. Compreenderão que outras famílias convivem com dificuldades semelhadas.

Aproveitando o importante debate sobre o desempenho dos blogs para confabulações entre os dependentes químicos, é oportuno salientar, no contexto, que é mais fácil evitar a instalação do vício do que lutar posteriormente pela sua supressão (como proferem os membros dos AA’s: não há ex-alcoólatra). A questão assenta raízes profundas na sociedade, animando medidas curadoras e profiláticas nos círculos religiosos, médicos, psicológicos e psiquiátricos, necessitando de imperiosa assistência de todos os segmentos sociais para (talvez) minimizar seus efeitos calamitosos. Assim, faz-se cogente assentar a questão da dependência química (principalmente a alcoofilia) no foco dos debates públicos. Até porque o problema da consumação das drogas lícitas e/ou ilícitas precisa ser atacado sem trégua, a fim de que sejam encontradas soluções para a complexa epidemia da químio-dependência.

Óbvio que é importante a utilização de um espaço virtual para desabafos sobre as aflitivas lutas contra o vício. Por falar em terapêuticas, existem várias maneiras paralelas de ajuda aos que dependem da droga: tratamento médico, terapias cognitivas e comportamentais, psicoterapias, grupos de autoajuda (Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos etc.). Na opinião dos especialistas da área, o tratamento do dependente de drogas não requer internação, na grande maioria dos casos, pois as respostas não têm sido favoráveis a que eles apresentem melhora nessas condições de isolamento, distantes do convívio familiar. Muito pelo contrário, constatam a ineficiência do tratamento nessas condições, com um significativo aumento do consumo a que os dependentes se lançam após saírem da clínica.

Para todo dependente químico existe um tratamento específico. Quando a dependência é única e exclusivamente física, esta é anunciada nas crises de abstinência com reações de menor expressão, e a cura é relativamente fácil. Porém, quando a dependência é psicológica, as reações são bem mais agressivas e a cura requer muito mais tempo. Daí a necessidade da compaixão, da renúncia e do irrestrito afeto familiar.

Apresentando ao tema uma abordagem espírita, compreendemos que muitos que desencarnam sob o guante da dependência química permanecem presos ao vício nas deprimidas regiões do além-tumba. Normalmente tais infelizes seres acoplam-se aos seus afins (os usuários de drogas encarnados), imantando-se aos seus perispíritos a fim de sugar as emanações perniciosas derivadas do consumo das drogas.
As energias deletérias dos viciados do além podem, em longo prazo, causar nos viciados encarnados distúrbios orgânicos graves, tais como: câncer de pulmão, problemas no fígado, no aparelho circulatório, no sangue, no sistema respiratório, no cérebro e nas células, principalmente as neuronais (2), devido ao enfraquecimento dos centros vitais do viciado, ainda encarnado. Portanto, os efeitos destruidores dessa subjugação são tão intensos que extrapolam os limites do organismo físico da vítima de “cá”, alcançando e danificando substancialmente o equilíbrio e a própria funcionalidade do seu perispírito.
Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indagou à Espiritualidade se o homem poderia, pelos seus próprios esforços, vencer suas inclinações más. Os Espíritos, de maneira objetiva, responderam afirmativamente, esclarecendo que “o que falta nos homens [sobretudo os dependentes químicos] é a força de vontade e a legítima fé em Deus.”(3)

Pelo exposto, sugerimos a todos os sobrepujados pelos vícios (de “cá” e do “além”) o estudo e o exercício do bem, tendo como roteiro os códigos do Evangelho de Jesus. Rememoremos que Ele mesmo disse: “vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (4)

Referências bibliográficas:


(1)Disponível

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/em-blogs-viciados-em-drogas-relatam-hist%C3%B3rias-e-medos.

(2)  Os neurônios guardam relação íntima com o perispírito, segundo André Luiz em "Mecanismos da Mediunidade”.
(3) Kardec Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1977.

(4) Mateus 11:28-30

1   ...   4   5   6   7   8   9   10   11   ...   15

similar:

09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11 iconMuy respetuosamente nos dirigimos a ustedes para ver en la manera...

09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11 iconNos enamoramos cuando conocemos a alguien por quien nos sentimos...

09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11 iconSomos creativos cuando asumimos activamente ciertas posibilidades...

09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11 iconHay ciencias que se estudian por simple interés de saber cosas nuevas;...
«bueno» porque nos sienta bien; otras, en cambio, nos sientan pero que muy mal y a todo eso lo llamamos «malo». Saber lo que nos...

09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11 iconNinguna práctica depurativa podrá resultar efectiva si no rectificamos...

09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11 iconCon su fibra, también nos ayudan al buen funcionamiento de nuestros...

09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11 iconLengua Castellana y Literatura. 2ºE. S. O. Quincena 3
«¡Uf! ¡Menudo peso nos hemos quitado de encima! Como no somos libres, no podemos tener la culpa de nada de lo que nos ocurra…»

09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11 iconEl amor, me dí cuenta hoy, es una manifestación de identificación....

09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11 iconEste video nos sirve para ver videos de diferentes temas (matemáticas...

09 Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo / 11 iconResumen: Este trabajo explora las distintas posibilidades que nos ofrece hoy en día el mundo del


Medicina



Todos los derechos reservados. Copyright © 2015
contactos
med.se-todo.com